As instituições de capital de risco preferem empresas que procuram uma oferta pública de venda num período que raramente ultrapassa os cinco anos após investimento.
Essas firmas são apelidadas de ‘foguetões’ devido ao seu crescimento explosivo. São empresas de alto risco que exigem financiamentos elevados: existem dezenas de insucessos para cada Lotus ou Compaq, exemplos clássicos de ‘foguetões’ com êxito.
A maioria das novas firmas segue um modelo oposto: um crescimento lento e seguro, sem investimento externo. Estas empresas são conhecidas como ‘tartarugas’.
Segundo Darius Mahdjoubi da Universidade do Texas, os ‘foguetões’ (cerca de 0,2% das «start-ups») são responsáveis por 20% dos empregos criados por novas empresas nos EUA. As ‘tartarugas’ contribuem do mesmo modo para a geração de emprego, embora representem quase 80% das «start-ups» norte-americanas.
Dariusargumenta(http:// www.ischool.utexas.edu/˜darius/Action_Business_Planning-PPT-Brief.pdf) que existe um terceiro tipo de empresas relevantes: as firmas ‘gazelas’ (cerca de 20% das «start-ups») que se desenvolvem lentamente na fase inicial mas que depois crescem rapidamente, com investimentos reduzidos. A Microsoft e a Dell são apresentadas como exemplos paradigmáticos: passaram para um domínio dos respectivos sectores depois de, nos primeiros anos, facturarem menos do que as rivais Lotus e Compaq.
As qualidades destas empresas são similares às dos maratonistas: mantêm-se na corrida com resiliência até surgir uma oportunidade para se destacarem do pelotão. A aposta na investigação é habitualmente superior à das empresas rivais do modelo ‘foguetão’, garantindo o futuro. A sua contribuição relativa para a geração de novos empregos atinge os 60% nos EUA.
O modelo de empresa ‘foguetão’ é encorajado habitualmente em competições nacionais para jovens empreendedores. Mas os benefícios deste modelo são duvidosos considerando os riscos associados. O modelo de empresa ‘gazela’ é aquele que, a prazo, mais beneficia os empreendedores, accionistas e países.
Fonte: Presidente da Y-Dreams, Expresso, 8 de Março de 2008
domingo, 9 de março de 2008
terça-feira, 4 de março de 2008
A Comunicação da Inovação
Luke W, colaborador do Yahoo, considera que o «design» é o factor decisivo na afirmação de produtos inovadores. De facto, produtos como I-Phone distinguem-se sobretudo pela sua interface revolucionária. Mas a qualidade do «design» de um produto é só por si insuficiente para o afirmar: tem que ser comunicada de forma efectiva.
Essa comunicação começa por ser intraorganizacional. O inventor tem que convencer a gestão a investir no desenvolvimento do produto. A deficiente formação em comunicação de muitos criadores tem contribuído para a rejeição de produtos, com um potencial significativo, nesta fase. Uma paródia a uma apresentação típica de um inventor pode ser vista em http://www.youtube.com/watch?v=XZKWCuEFze0 .
A Web é hoje o ambiente mais apropriado para a fase seguinte: a comunicação externa. Blogues como o Engadget, Gizmodo e Boing Boing são extremamente populares e o seu factor de impacto supera frequentemente o dos «media» tradicionais. Estes «sites» tecnológicos são aliás dominantes nas classificações mundiais de blogues segundo o Technorati (http://www.technorati.com/pop/blogs ). Uma referência publicada num deles pode ser decisiva para o sucesso de uma invenção.
Uma peça de vídeo publicada previamente no You Tube, ou serviço similar, é o elemento central na comunicação de um produto num blogue. O sucesso de um produto correlaciona-se crescentemente com o êxito do seu vídeo.
Os «sites» das empresas tecnológicas estão a incorporar esta linguagem transformando-se num conjunto de canais de microvídeos. O «site» experimental do MIT Tech TV (http://techtv.mit.edu/) demonstra o potencial desta evolução.
As deficiências na comunicação parodiadas no documento supracitado têm vindo a ser corrigidas através de cadeiras de comunicação escrita e oral nos cursos de engenharia. Mas a importância crescente do vídeo na Web introduz a necessidade de uma outra aprendizagem para os que participam na comunicação da inovação: a da linguagem visual associada a este meio.
Fonte: Expresso, 9 de Fevereiro de 08
Essa comunicação começa por ser intraorganizacional. O inventor tem que convencer a gestão a investir no desenvolvimento do produto. A deficiente formação em comunicação de muitos criadores tem contribuído para a rejeição de produtos, com um potencial significativo, nesta fase. Uma paródia a uma apresentação típica de um inventor pode ser vista em http://www.youtube.com/watch?v=XZKWCuEFze0 .
A Web é hoje o ambiente mais apropriado para a fase seguinte: a comunicação externa. Blogues como o Engadget, Gizmodo e Boing Boing são extremamente populares e o seu factor de impacto supera frequentemente o dos «media» tradicionais. Estes «sites» tecnológicos são aliás dominantes nas classificações mundiais de blogues segundo o Technorati (http://www.technorati.com/pop/blogs ). Uma referência publicada num deles pode ser decisiva para o sucesso de uma invenção.
Uma peça de vídeo publicada previamente no You Tube, ou serviço similar, é o elemento central na comunicação de um produto num blogue. O sucesso de um produto correlaciona-se crescentemente com o êxito do seu vídeo.
Os «sites» das empresas tecnológicas estão a incorporar esta linguagem transformando-se num conjunto de canais de microvídeos. O «site» experimental do MIT Tech TV (http://techtv.mit.edu/) demonstra o potencial desta evolução.
As deficiências na comunicação parodiadas no documento supracitado têm vindo a ser corrigidas através de cadeiras de comunicação escrita e oral nos cursos de engenharia. Mas a importância crescente do vídeo na Web introduz a necessidade de uma outra aprendizagem para os que participam na comunicação da inovação: a da linguagem visual associada a este meio.
Fonte: Expresso, 9 de Fevereiro de 08
Marcadores:
Celso Guedes de Carvalho,
comunicação
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Marcas nacionais disparam na Europa
No ano passado, as empresas portuguesas registaram 1266 marcas comunitárias. Trata-se de um aumento de quase 22% em relação a 2006, quando, pela primeira vez, tinha sido ultrapassada a barreira das mil.
Os dados da Organização para Harmonização do Mercado Interno mostram que Portugal continuou em 2007 a trajectória de convergência com a média da União Europeia em matérias de número de marcas por milhão de habitantes. A economia nacional manteve-se, pelo segundo ano consecutivo, acima da França e aproximou-se da Itália.
Para Sandro Mendonça, investigador do Instituto das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e da Universidade de Sussex (Reino Unido), que compilou estas estatísticas, é claramente um sinal de dinamismo das empresas nacionais. “Portugal tem sido um caso de excepção nos últimos anos e estes números são um sinal de músculo comercial”, refere o economista.
De facto, a economia portuguesa foi a que mais cresceu neste domínio na última década. Em 1996 foram registadas 161 marcas e só em 2003 foi pela primeira vez ultrapassado o número das 500 marcas comunitárias. Nos últimos dois anos, o ritmo de crescimento manteve-se excepcionalmente elevado. Em 2006 quase duplicou o total de registos e no ano passado houve uma subida superior a 200.
“São dados que demonstram vontade das empresas de ir a jogo”, sublinha Sandro Mendonça. O registo de uma marca comunitária, ao contrário das patentes europeias que têm de adicionar países caso a caso, torna-a automaticamente válida em toda a União Europeia e nos países que tenham acordos com o espaço europeu.
Esta evolução positiva no plano comercial, que pode ser espelhada pelo crescimento das exportações nos últimos anos, nota-se também em termos tecnológicos, nomeadamente com o registo de patentes. Embora não haja ainda números para 2007, Portugal tem apresentado um crescimento contínuo do número de patentes europeias registadas no Instituto de Patentes Europeu. Em 2006, foram 88 patentes, o valor mais elevado de sempre. Em 2004 e 2005, o total de registos tinha sido de, respectivamente, 50 e 66.
Esta semana, foi divulgado o European Inovation Scoreboard, que colocou Portugal como a sétima economia que mais progrediu em termos de inovação com base num conjunto de indicadores. A economia portuguesa subiu uma posição em 2007 e está agora no 30º lugar do «ranking», que inclui todos os Estados-membros da União Europeia, Suíça, Islândia, Noruega, Croácia, Turquia, EUA, Israel, Canadá, Japão e Austrália.
Sinais de recuperação
- Em 2006, o número de marcas comunitárias registadas por empresas portuguesas quase duplicou ao chegar a 1041; no ano passado, voltou a crescer em mais de 200
- Portugal está há dois anos à frente da França, já bastante acima da Grécia e cada vez mais próximo da Itália e da Bélgica em termos «per capita»
- As patentes europeias das empresas nacionais estão a crescer ininterruptamente desde 2002
Fonte: Expresso, 16 de Fevereiro de 2008
Os dados da Organização para Harmonização do Mercado Interno mostram que Portugal continuou em 2007 a trajectória de convergência com a média da União Europeia em matérias de número de marcas por milhão de habitantes. A economia nacional manteve-se, pelo segundo ano consecutivo, acima da França e aproximou-se da Itália.
Para Sandro Mendonça, investigador do Instituto das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e da Universidade de Sussex (Reino Unido), que compilou estas estatísticas, é claramente um sinal de dinamismo das empresas nacionais. “Portugal tem sido um caso de excepção nos últimos anos e estes números são um sinal de músculo comercial”, refere o economista.
De facto, a economia portuguesa foi a que mais cresceu neste domínio na última década. Em 1996 foram registadas 161 marcas e só em 2003 foi pela primeira vez ultrapassado o número das 500 marcas comunitárias. Nos últimos dois anos, o ritmo de crescimento manteve-se excepcionalmente elevado. Em 2006 quase duplicou o total de registos e no ano passado houve uma subida superior a 200.
“São dados que demonstram vontade das empresas de ir a jogo”, sublinha Sandro Mendonça. O registo de uma marca comunitária, ao contrário das patentes europeias que têm de adicionar países caso a caso, torna-a automaticamente válida em toda a União Europeia e nos países que tenham acordos com o espaço europeu.
Esta evolução positiva no plano comercial, que pode ser espelhada pelo crescimento das exportações nos últimos anos, nota-se também em termos tecnológicos, nomeadamente com o registo de patentes. Embora não haja ainda números para 2007, Portugal tem apresentado um crescimento contínuo do número de patentes europeias registadas no Instituto de Patentes Europeu. Em 2006, foram 88 patentes, o valor mais elevado de sempre. Em 2004 e 2005, o total de registos tinha sido de, respectivamente, 50 e 66.
Esta semana, foi divulgado o European Inovation Scoreboard, que colocou Portugal como a sétima economia que mais progrediu em termos de inovação com base num conjunto de indicadores. A economia portuguesa subiu uma posição em 2007 e está agora no 30º lugar do «ranking», que inclui todos os Estados-membros da União Europeia, Suíça, Islândia, Noruega, Croácia, Turquia, EUA, Israel, Canadá, Japão e Austrália.
Sinais de recuperação
- Em 2006, o número de marcas comunitárias registadas por empresas portuguesas quase duplicou ao chegar a 1041; no ano passado, voltou a crescer em mais de 200
- Portugal está há dois anos à frente da França, já bastante acima da Grécia e cada vez mais próximo da Itália e da Bélgica em termos «per capita»
- As patentes europeias das empresas nacionais estão a crescer ininterruptamente desde 2002
Fonte: Expresso, 16 de Fevereiro de 2008
Marcadores:
marcas; Celso Guedes de Carvalho
domingo, 27 de janeiro de 2008
Chocolate, Internet e muita opinião
Vivem sozinhos, vão ser 29% da população mundial em 2020 e têm uma vida “interessante”, diz a TNS World Pannel, especialista em consumidores.
A diferenciação clara destes sub-30 faz com que comecem a ser vistos pelas marcas como um campo permeável à inovação mas também como «prosumers»: consumidores proactivos e muito bem informados que ditam tendências.
As casas de uma só escova de dentes, ligação permanente à Net e sushi ao lado de vinho alentejano no frigorífico tem um poder de influência que ultrapassa em muito a sua tradução numérica. Mesmo assim, a TNS regista um universo de 538.938 lares de jovens independentes, concentrados sobretudo na Grande Lisboa e Porto. Na globalidade dos lares portugueses este «cluster» representou 14%, no ano de 2007.
Muitos dos melhores blogues temáticos são o rabo de fora destes novos consumidores proactivos, com muitas horas diárias investidas em pesquisa na Web e que não se deixa influenciar pela publicidade tradicional. Segundas evidências: são mais fiéis à opinião dos amigos do que às marcas, são inconstantes e especialistas seguros. “Está-se a tornar muito rentável saber o que eles pensam e o que pretendem”, adianta Vasco Perestrelo, da Euro RSCG.
No mundo globalizado, de confiança renovada na informação boca-a-boca, os «prosumers» “podem tornar-se embaixadores de uma marca ou actuar precisamente no sentido contrário”, continua. Este CEO do grupo que criou o conceito de «prosumer» relembra a tendência da música «on-line» individualizada, antecipada por este tipo de consumidor e que levou ao sucesso comercial do iPod, alargada depois a outros grupos. Segundo a TNS, nos produtos de grande consumo (escolhidos maioritariamente das prateleiras dos hipers Continente e Jumbo, segundo os dados de 2007) o grupo fez gastos acima da média nos chocolates, «snacks», refeições prontas congeladas e fruta para beber. “São escolhas que revelam falta de tempo, um dado confirmado pela frequência das idas ao supermercado, inferior à média”, explica Suzana Correia, gestora de clientes da TNS.
Apesar disso, 93% dizem gostar de fazer uma alimentação saudável (dificilmente encomendada «on-line»), segundo a informação recolhida ao longo do ano pela TNS. Sem tempo a sobrar das exigências profissionais, do Second Life, do Hi5 ou de outra rede social, este é um estilo de vida global que não deixa de incluir um compromisso com a saúde e o ambiente.
Neste alvo emergente, 82% admitem procurar produtos que não prejudiquem o ambiente e 62% pagariam mais por alimentos sem aditivos ou conservantes. António Quina, da empresa A vida é bela, estima que 60% dos seus clientes de experiências «zen» (spa, terapias alternativas, massagens de relaxamento) se integrem neste grupo.
A menor sociabilidade é uma característica muitas vezes atribuída ao grupo. Uma individualização máxima que exige uma leitura cuidada, para Carlos Coelho. O especialista em «branding» e CEO da Ivity reconhece sim uma nova sociabilidade. “Estar mais horas em casa não significa um maior isolamento. Esta é uma nova individualidade em que se escreve mais, onde se conhecem mais pessoas, de uma outra forma”, defende. Para Carlos Coelho, este grupo irá gerar o «self branding», onde as marcas vão ter de responder à individualidade de que estes «singles» não pretendem abrir mão, mesmo que isso implique um esforço de produção industrial que hoje parece inatingível.
Para a Europa do futuro, onde estes consumidores serão cada vez mais numerosos e representativos, a TNS tipificou cinco tipos emergentes com necessidades diferenciadas. São eles o egoísta, ecológico, ético, e-consumidor e étnico.
Inovar para eles
O iogurte Agros Biológico é exemplo de uma inovação focalizada bem sucedida, juntando saúde e ambiente, feito por medida para a cesta destes consumidores. Foi comprado por metade do universo dos jovens independentes e registou uma taxa de repetição de 73%. Lançado em Março de 2007, foi pioneiro no segmento de biológicos de produção nacional. O iogurte conquistou uma quota superior a 70%, depois de ter sido apresentado ao mercado como sendo produzido numa quinta de produção biológica, “onde as vacas são alimentadas livremente em pastos naturais, sem recurso a estimulantes, num processo rigorosamente controlado e certificado”. Nutritivo, saudável e ecológico, em três palavras.
O produto correspondeu aos anseios dos jovens independentes e a inovação arrastou o crescimento do segmento de iogurtes biológicos que cresceu exponencialmente (387%). A Lactogal planeia aumentar a gama dos biológicos.
Cinco consumidores
Egoísta
- Geração de consumidores narcisistas, preocupados com a imagem e que cresceram em sociedades de bem-estar
Étnico
- Valorizam o mundo global e mestiçado, a origem e a tradição
ÉTICO
- Sensível ao comércio justo, às causas e à responsabilidade social
Ecológico
- Procura o autêntico e a natureza. Evidencia preocupações com a sustentabilidade do planeta
E-consumidor
- Ligado às tecnologias e transversal aos restantes traços centrais
Fonte: TNS World Panel
Fonte: JN, 12 de Janeiro de 08
A diferenciação clara destes sub-30 faz com que comecem a ser vistos pelas marcas como um campo permeável à inovação mas também como «prosumers»: consumidores proactivos e muito bem informados que ditam tendências.
As casas de uma só escova de dentes, ligação permanente à Net e sushi ao lado de vinho alentejano no frigorífico tem um poder de influência que ultrapassa em muito a sua tradução numérica. Mesmo assim, a TNS regista um universo de 538.938 lares de jovens independentes, concentrados sobretudo na Grande Lisboa e Porto. Na globalidade dos lares portugueses este «cluster» representou 14%, no ano de 2007.
Muitos dos melhores blogues temáticos são o rabo de fora destes novos consumidores proactivos, com muitas horas diárias investidas em pesquisa na Web e que não se deixa influenciar pela publicidade tradicional. Segundas evidências: são mais fiéis à opinião dos amigos do que às marcas, são inconstantes e especialistas seguros. “Está-se a tornar muito rentável saber o que eles pensam e o que pretendem”, adianta Vasco Perestrelo, da Euro RSCG.
No mundo globalizado, de confiança renovada na informação boca-a-boca, os «prosumers» “podem tornar-se embaixadores de uma marca ou actuar precisamente no sentido contrário”, continua. Este CEO do grupo que criou o conceito de «prosumer» relembra a tendência da música «on-line» individualizada, antecipada por este tipo de consumidor e que levou ao sucesso comercial do iPod, alargada depois a outros grupos. Segundo a TNS, nos produtos de grande consumo (escolhidos maioritariamente das prateleiras dos hipers Continente e Jumbo, segundo os dados de 2007) o grupo fez gastos acima da média nos chocolates, «snacks», refeições prontas congeladas e fruta para beber. “São escolhas que revelam falta de tempo, um dado confirmado pela frequência das idas ao supermercado, inferior à média”, explica Suzana Correia, gestora de clientes da TNS.
Apesar disso, 93% dizem gostar de fazer uma alimentação saudável (dificilmente encomendada «on-line»), segundo a informação recolhida ao longo do ano pela TNS. Sem tempo a sobrar das exigências profissionais, do Second Life, do Hi5 ou de outra rede social, este é um estilo de vida global que não deixa de incluir um compromisso com a saúde e o ambiente.
Neste alvo emergente, 82% admitem procurar produtos que não prejudiquem o ambiente e 62% pagariam mais por alimentos sem aditivos ou conservantes. António Quina, da empresa A vida é bela, estima que 60% dos seus clientes de experiências «zen» (spa, terapias alternativas, massagens de relaxamento) se integrem neste grupo.
A menor sociabilidade é uma característica muitas vezes atribuída ao grupo. Uma individualização máxima que exige uma leitura cuidada, para Carlos Coelho. O especialista em «branding» e CEO da Ivity reconhece sim uma nova sociabilidade. “Estar mais horas em casa não significa um maior isolamento. Esta é uma nova individualidade em que se escreve mais, onde se conhecem mais pessoas, de uma outra forma”, defende. Para Carlos Coelho, este grupo irá gerar o «self branding», onde as marcas vão ter de responder à individualidade de que estes «singles» não pretendem abrir mão, mesmo que isso implique um esforço de produção industrial que hoje parece inatingível.
Para a Europa do futuro, onde estes consumidores serão cada vez mais numerosos e representativos, a TNS tipificou cinco tipos emergentes com necessidades diferenciadas. São eles o egoísta, ecológico, ético, e-consumidor e étnico.
Inovar para eles
O iogurte Agros Biológico é exemplo de uma inovação focalizada bem sucedida, juntando saúde e ambiente, feito por medida para a cesta destes consumidores. Foi comprado por metade do universo dos jovens independentes e registou uma taxa de repetição de 73%. Lançado em Março de 2007, foi pioneiro no segmento de biológicos de produção nacional. O iogurte conquistou uma quota superior a 70%, depois de ter sido apresentado ao mercado como sendo produzido numa quinta de produção biológica, “onde as vacas são alimentadas livremente em pastos naturais, sem recurso a estimulantes, num processo rigorosamente controlado e certificado”. Nutritivo, saudável e ecológico, em três palavras.
O produto correspondeu aos anseios dos jovens independentes e a inovação arrastou o crescimento do segmento de iogurtes biológicos que cresceu exponencialmente (387%). A Lactogal planeia aumentar a gama dos biológicos.
Cinco consumidores
Egoísta
- Geração de consumidores narcisistas, preocupados com a imagem e que cresceram em sociedades de bem-estar
Étnico
- Valorizam o mundo global e mestiçado, a origem e a tradição
ÉTICO
- Sensível ao comércio justo, às causas e à responsabilidade social
Ecológico
- Procura o autêntico e a natureza. Evidencia preocupações com a sustentabilidade do planeta
E-consumidor
- Ligado às tecnologias e transversal aos restantes traços centrais
Fonte: TNS World Panel
Fonte: JN, 12 de Janeiro de 08
Marcadores:
consumidores; Celso Guedes de Carvalho
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Shape-Shifting Enterprises

A new set of on-demand, Web-based toolkits for business emerges out of the innovation movement. These kits focus on maximizing new options and possibilities for a fast-changing, uncertain global business environment, not boosting efficiencies for existing processes in a stable marketplace. They manage talent, production, and creativity on a global scale.
The Customer Is King

The end of competition for business occurs. Consumers replace competitors as the key reference point for corporate strategy. Reason? Disruptive innovation now often takes places outside the normal competitive environment. Think Google in advertising or Apple in mobile phones/music/retail. Consumers are more knowledgeable and more powerful than competitors.
Hang On to the Good Stuff
t's All About Me
Kindle Catches Fire

Amazon's (AMZN) Kindle e-book reader does much better than the tech blogs predicted. Shifting from paper made from trees to electronic paper reduces personal carbon footprints enormously, and this makes Kindle a darling of the Green Movement, propelling sales. Along the way, Kindle's remarkable direct-to-Web capabilities and cool, anti-iPod design finally get credit.
Our Urban Planet

The 192021 project—a study of 19 cities with 20 million people in the 21st century—gains massive corporate support. For the first time, in 2007, more than half the planet's people live in cities. 192021 plans to generate uniform data on the rise of these supercities and the role their consumers and creators play in business and civic life.
One Laptop Boomerangs

The One Laptop Per Child "$100 laptop" becomes a Christmas best-seller in the U.S. but fails overseas. OLPC is criticized as "Western high-tech imperialism." Governments in Asia and Africa reject the beautifully designed children's computer because of high costs for installation, repair, and electricity as well as limited local educational content.
Presidential Policy
B-School Goes D-School

A top American B-school follows the lead of University of Toronto's Rotman School of Management and transforms its curriculum to a design model. Business administration focuses on making existing business processes and products better and more efficient. Business design focuses on creating new options for new forms of enterprise.
Innovation Consolidation

One of the big, established consulting firms such as McKinsey, Bain or BCG makes a pass at one of the small design-turned-innovation consultancies—Jump, Continuum, IDEO, Advank or ZIBA—to bolster its innovation practice. Demand from corporate clients for help in executing innovation is surging, and consolidation in the innovation field is on the rise.
Innovation Predictions for 2008

The only truly predictable thing about the coming year is that it's sure to be full of surprises. But some innovations will be ways of dealing with just that fact
By Bruce Nussbaum
2008 will be one hairy beast, what with a U.S. Presidential election playing in the background and huge economic and social forces making us lead our lives in constant beta. Predictions are foolhardy in these circumstances, but...fun. I tapped into the wisdom of my crowd for this enterprise, including Doblin's Larry Keeley, Richard Saul Wurman, Tim Brown of IDEO, David Armano from Critical Mass, Peer Insight's Jeneanne Rae, writers Jessie Scanlon and Jessi Hempel, Pop!Tech's Andrew Zolli, Ammunition's Robert Brunner, consultant John Kao, and a couple more. So—here goes some fun. Fourteen guesses of what may take place in the innovation and design space next year.
Innovation Predictions 2008
Get ready for … anything. As companies, governments—indeed, entire countries—confront an array of dilemmas, the only constant will be change
Building the next-generation enterprise—and maybe even the next-generation nation—will preoccupy most of us in 2008. The demand for innovation is soaring in the business community and is just beginning to gain traction in the political sphere. Most of the leading Presidential candidates have thoughtful positions on innovation (BusinessWeek.com, 11/15/07). And nearly all CEOs and top managers who have learned the language of innovation are now seeking the means to make it happen. It took the Quality Movement a generation to change business culture. The Innovation Movement is still in its infancy, but it's growing fast.
You can see that in the vast changes taking place within the field. Companies are demanding new tools and methods to execute that change within their existing organizations, as well as for the kind of design thinking that transforms cultures. To take advantage of the opportunities, chief innovation officers in big corporations such as Procter & Gamble (PG) and Harley Davidson (HOG) are leaving to join consultancies or set up shop for themselves. Consolidation is quickening apace as small innovation consultancies try to combine big-picture thought leadership with specific, on-demand Web applications that manage networks, talent, customers, suppliers, and employees around the world. In 2007, consultancy Monitor bought into innovation strategy specialists Doblin, led by Larry Keeley, while another large consultancy, BSG Alliance acquired research firm New Paradigm, led by Wikinomics co-author Don Tapscott.
What's up for 2008? Keep an eye on the business schools. Companies are demanding that their managers be more creative and less obsessed with cost and efficiency. The last revolution within executive education was the introduction of Management Science in the 1950s. Will we see the spread of IM—Innovation Management—in "exec ed"?
Privacy, Mobility, and the Next Big Idea
And expect the whole realm of social networking to change in 2008. Just when you "got it" and thought it was all about open, personal, and casual online relationships, social media will morph into another ecosystem—one with lots of gates. Who your friends are is becoming far more important than how many friends you have. We can probably thank our advertising friends for this. The drive to monetize Facebook and MySpace (NWS) by using members' personal information is alienating many people, driving them to more private networks. Stay tuned, and watch Europe and Brazil for future trends. Social networks are beginning to feel a lot like hot nightclubs—with velvet rope barriers.
As for hot products in 2008, prepare for yet more surprises. The triumph of opening up the cell phone will create an array of new applications we can only dream of right now. GPS may seem old hat by next summer. The mobile Facebook is bound to be fascinating. And the e-book may be just an iteration away from taking off. Want to reduce your personal carbon footprint easily? Read books, magazines, and newspapers on an e-book.
And the Big Idea for 2008? Stop competing against your competitors. Your traditional rivals aren't your biggest worry. Disruptive innovation is hitting corporations from outside their business. Verizon (VZ) was forced to open its cell-phone service because Apple (AAPL) and Google (GOOG) smacked it hard. Verizon's new business model will probably generate 10 times the demand for service. You just never know. That's life, in beta.
Building the next-generation enterprise—and maybe even the next-generation nation—will preoccupy most of us in 2008. The demand for innovation is soaring in the business community and is just beginning to gain traction in the political sphere. Most of the leading Presidential candidates have thoughtful positions on innovation (BusinessWeek.com, 11/15/07). And nearly all CEOs and top managers who have learned the language of innovation are now seeking the means to make it happen. It took the Quality Movement a generation to change business culture. The Innovation Movement is still in its infancy, but it's growing fast.
You can see that in the vast changes taking place within the field. Companies are demanding new tools and methods to execute that change within their existing organizations, as well as for the kind of design thinking that transforms cultures. To take advantage of the opportunities, chief innovation officers in big corporations such as Procter & Gamble (PG) and Harley Davidson (HOG) are leaving to join consultancies or set up shop for themselves. Consolidation is quickening apace as small innovation consultancies try to combine big-picture thought leadership with specific, on-demand Web applications that manage networks, talent, customers, suppliers, and employees around the world. In 2007, consultancy Monitor bought into innovation strategy specialists Doblin, led by Larry Keeley, while another large consultancy, BSG Alliance acquired research firm New Paradigm, led by Wikinomics co-author Don Tapscott.
What's up for 2008? Keep an eye on the business schools. Companies are demanding that their managers be more creative and less obsessed with cost and efficiency. The last revolution within executive education was the introduction of Management Science in the 1950s. Will we see the spread of IM—Innovation Management—in "exec ed"?
Privacy, Mobility, and the Next Big Idea
And expect the whole realm of social networking to change in 2008. Just when you "got it" and thought it was all about open, personal, and casual online relationships, social media will morph into another ecosystem—one with lots of gates. Who your friends are is becoming far more important than how many friends you have. We can probably thank our advertising friends for this. The drive to monetize Facebook and MySpace (NWS) by using members' personal information is alienating many people, driving them to more private networks. Stay tuned, and watch Europe and Brazil for future trends. Social networks are beginning to feel a lot like hot nightclubs—with velvet rope barriers.
As for hot products in 2008, prepare for yet more surprises. The triumph of opening up the cell phone will create an array of new applications we can only dream of right now. GPS may seem old hat by next summer. The mobile Facebook is bound to be fascinating. And the e-book may be just an iteration away from taking off. Want to reduce your personal carbon footprint easily? Read books, magazines, and newspapers on an e-book.
And the Big Idea for 2008? Stop competing against your competitors. Your traditional rivals aren't your biggest worry. Disruptive innovation is hitting corporations from outside their business. Verizon (VZ) was forced to open its cell-phone service because Apple (AAPL) and Google (GOOG) smacked it hard. Verizon's new business model will probably generate 10 times the demand for service. You just never know. That's life, in beta.
Spiral: an organizing force in nature and innovation

The festive season is with us once again, and if you’ve never spent much time looking at pine cones, perhaps now is the time to take a close look at those marvels of nature. Or any other vine, tree branch or a sunflower. The article “Mathematical lives of plants: why plants grow in geometrically curious patterns” describes how these natural structures also show some surprising mathematical properties.
“As a plant puts out leaves or seeds around some central structure, each seed or leaf spaced from the last by about the golden angle, interlocking spiral arms form in clockwise and counterclockwise directions.”
All projects can be managed better when segmented into a hierarchy of chunks or a waterfall of sequential steps. This is a well-established practice in project management, especially when applied to software development (see a simple and useful set of instructions here:
The ultimate evolution from the waterfall is a spiral. This process is a lot more flexible, allowing changes to occur later in the process without too much disruption.
The
If you get that first product development right, it just might propel your product concept onto the next step of the innovation spiral, where successful innovations beget others.
Assinar:
Postagens (Atom)