Bobby Knight, o lendário treinador de basquetebol, dizia que todos querem vencer, mas poucos são os que estão dispostos a prepararem-se para o fazer. No mundo tecnológico, essa preparação consiste em desenvolver propriedade intelectual: patentes, marcas, direitos de autor, e outras formas de protecção.
Pode-se não gostar desta realidade, mas ela é dominante no principal mercado mundial: as empresas americanas detêm impressionantes portfólios de propriedade intelectual.
A propriedade intelectual não é utilizada apenas para protecção contra potenciais usurpadores. Existem diversas alternativas para a sua exploração documentadas em cursos como o referido em http://www.exed.hbs.edu/programs/ip/.
Empresas como a IBM têm demonstrado que a rentabilização óptima da propriedade intelectual passa pela sua utilização em serviços ou na criação de produtos. O desenvolvimento, «marketing» e venda dos serviços ou produtos podem ser conduzidos internamente ou em regime de contratação externa, mas a gestão do processo deverá ser sempre da empresa detentora da propriedade intelectual.
Um vice-presidente de uma das maiores empresas tecnológicas americanas dizia, numa recente visita a Portugal, que as empresas devem ser geridas considerando três fases: a execução (no presente); a investigação (preparando o médio prazo); e a visão (para o longo prazo). A paisagem das patentes registadas (disponível via http://www.google.com/patents) deve condicionar a definição da visão e programas de investigação de uma empresa, de modo a beneficiar a sua execução futura.
A investigação académica (em Portugal e em muitos outros países) está frequentemente dissociada dessa paisagem, construída globalmente por actores não necessariamente universitários. Esta dissociação limita as contribuições da Universidade para o crescimento de empresas existentes e na criação de novas empresas competitivas.
Fonte: António Câmara, Expresso, 26 de Junho de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Portugal quer mudar critérios de inovação
Governo usa novos resultados para justificar necessidade de mudança de critérios de avaliação da inovação por parte da Comissão Europeia
O Plano Tecnológico (PT) "contribuiu para aumentar a cultura empreendedora e a base empresarial do país e este está melhor preparado" para enfrentar a actual crise económica, defende o coordenador da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho, com base nos primeiros indicadores de impacto do PT.
O país já conhece os indicadores de execução do PT, mas não do seu impacto integrado sobre a economia portuguesa, cujo número de empresas de base tecnológica triplicou desde 2005, enquanto as exportações de produtos de alta tecnologia e as receitas da balança tecnológica duplicaram.
Os economistas João Caraça e Vítor Corado Simões apresentam hoje ao Conselho Consultivo do Plano Tecnológico a sua grelha de avaliação e os respectivos resultados. Baseiam-se em cinco áreas - sociedade em rede, condições económicas, qualificação dos recursos humanos, infra-estruturas de ciência e tecnologia, sistema de financiamento - com efeito sobre o empreendedorismo e a capacidade empresarial.
O estudo constitui também um novo argumento do Governo em defesa da alteração dos critérios de análise da inovação até agora vigentes na União Europeia, e cuja discussão está aberta. Queixosos são sobretudo os países do Sul da Europa - Portugal, Espanha, França, Itália e Grécia. "Os indicadores do painel de inovação [de Bruxelas] não são adequados à dinâmica de inovação do Sul da Europa", sublinha Zorrinho. A grande diferença pode ser resumida entre inovação de produto (registo de patentes) no Norte da Europa, e melhoria de produto (registo de processo) no Sul.
Para além de defender "uma ferramenta que capte as várias dimensões do processo de inovação", o responsável considera que se têm de encontrar indicadores mais actuais. "É inaceitável que o último número que a Comissão Europeia tem sobre o investimento em investigação e desenvolvimento (I&D), que é um dos seus referenciais, seja de 2005".Quanto ao que significa a "melhor preparação" do país, Carlos Zorrinho faz uma leitura optimista. "O mais importante desta preparação não é tanto a resistência necessária nos próximos meses [face à crise internacional], mas a possibilidade de estarmos na primeira linha quando começar o ciclo de recuperação", diz.
Os grandes temas de discussão do Conselho Consultivo de hoje são os planos tecnológicos sectoriais da Educação e da Justiça, contando com a presença da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e do secretário de Estado da Justiça, João Tiago Silveira. O Plano Tecnológico visa, desde 2005, promover a competitividade do país, através do conhecimento, da tecnologia e da inovação.
Inovação nos Vinhos
O Laboratório do IVDP, IP acaba de obter a aceitação da OIV – Organização Internacional da Vinha e do Vinho – para um novo método de doseamento de sulfatos em vinhos por electroforese capilar.
Este novo método, inteiramente desenvolvido e validado nos laboratórios do IVDP, IP, poderá ascender brevemente a método de referência, após minuciosa discussão pela comunidade científica internacional, que se iniciará em Março de 2009, em sede da Subcomissão de Métodos de Análise da OIV que se reunirá em Paris.
Esta nova metodologia possibilita elevado nível de automatização, permitindo obter, com um volume reduzido de amostra, tempos de análise muito curtos a baixos custos operativos, revelando-se, ainda, não poluente, pelo facto de utilizar reagentes químicos em quantidades muito reduzidas.
A presença de sulfatos em vinhos está limitada internacionalmente, sendo quantificada por rotina no IVDP, IP pois constitui uma exigência de diversos países importadores.
Inovaçao e Cosntrução Sustentável
A Plataforma para a Construção Sustentável é hoje uma rede que congrega empresas, centros de I&D, autarquias e outros agentes comprometidos com este tema da sustentabilidade e em usá-lo como mote para a inovação. O seu interesse abrange toda a fileira do Habitat e tem como objectivo concentrar recursos para valorizar empresarial e socialmente o conhecimento sobre a sustentabilidade do ambiente construído.
De modo a concretizar este objectivo, entendeu esta Plataforma promover um evento internacional dirigido a empresas, centros de I&D, autarquias e demais agentes interessados em divulgar o que fazem nesta área e discutir o papel que a Construção Sustentável pode ter sobre a Inovação, particularmente, na fileira Habitat. Um fórum onde os diversos agentes de inovação se possam encontrar e gerar parcerias úteis.
Assim surge este Congresso de Inovação na Construção Sustentável (CINCOS’08) a realizar na Curia (Portugal), no Hotel das Termas da Curia, de 23 a 25 de Outubro de 2008 e para o qual desejamos convidá-lo a participar.
De modo a concretizar este objectivo, entendeu esta Plataforma promover um evento internacional dirigido a empresas, centros de I&D, autarquias e demais agentes interessados em divulgar o que fazem nesta área e discutir o papel que a Construção Sustentável pode ter sobre a Inovação, particularmente, na fileira Habitat. Um fórum onde os diversos agentes de inovação se possam encontrar e gerar parcerias úteis.
Assim surge este Congresso de Inovação na Construção Sustentável (CINCOS’08) a realizar na Curia (Portugal), no Hotel das Termas da Curia, de 23 a 25 de Outubro de 2008 e para o qual desejamos convidá-lo a participar.
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